SPFW Verão 2013 - dia 1


Começou ontem a 33ª edição da São Paulo Fashion Week, a maior semana de moda do país! No primeiro dia dessa temporada, desfilaram no prédio da Bienal, em São Paulo, as marcas Animale, Alexandre Herchcovitch (desfile feminino), Tufi Duek, FH por False Haten e Triton. Vamos aos melhores momentos de cada desfile?
A Animale apostou mais uma vez em seu time de tops, liderado pela musa Rosie Whitley-Huntington. Para o verão 2013, a inspiração da estilista Priscilla Darolt foi um safári noturno, cujas referências ficaram nítidas especialmente na cartela de cores (tons de creme, marrom e verde militar típicos de safári, porém mais fechados, dando essa ideia de noite). As estampas animais, claro, também estiveram presentes. Destaque para o uso da seda e de costuras em palha e ráfia. O que deixou a desejar, no entanto, foi a beleza de Max Weber. Pelo menos na minha opinião, na moda, cara limpa tem limites né? Até Rosie ficou com cara de mortinha, coitada!

Inspirado em seu ídolo Boy George, Alexandre Herchcovitch trouxe para sua linha feminina muita cor e estampas cheias de vida! A referência ao ídolo, como não podia deixar de ser, surge nessas mega proporções típicas dos anos 80, nos cachinhos dos cabelos, nas ombreiras e nos chapéus assinados pelo designer pessoal do astro - o britânico Stephen Jones. Ou seja, em toques de Boy George e não em uma tradução literal. Ainda assim a coleção é bem espalhafatosa. Das peças mais usáveis, destacam-se os coletes com modelagem tipicamente masculinas, os sapatos sonho de consumo desenvolvidos pela Via Uno e, claro, os famosos chapéus!
Inspirado no livro “Botânica Magnífica”, de Jonathan Singer, o diretor criativo da Tufi DuekEduardo Pombal, traduziu para essa coleção as texturas, os formatos e as cores das flores, sem usar nenhuma vez a estampa tão clássica do universo botânico: as flores em si. O trabalho sutil e meticuloso da equipe da marca resultou em peças em amarelo, rosa, verde, mertiolate, branco e preto, uma mais linda que a outra, com toques de seda, tule, couro, paetê, tafetá e organza. “Trabalhei com o feminino, tem muito de esconde/revela, mas nada de maneira óbvia”, disse ele no camarim poucas horas antes do desfile para o portal FFW.
Na coleção de Fause Haten, não houve uma fonte clara de referências, mas talvez uma que guiou o estilista foi a da trilha sonora do desfile: a música “Na Noite”, escrita por ele e André Cortada (e interpretada ao vivo por Paula Lima durante o desfile). “Acordei de marrom, cabelos vermelhos, / barulhos de copos, risadas à toa, / cinzas de cigarro, um brilho que cai”. A coleção segue esse mesmo caminho de vida, de festa e de despreocupação. A marca registrada de Haten - o meticuloso trabalho manual - está ali, claro, em cada tira vibrante do vestido de abertura ou nos seguintes, que vem cheios de rendas, paetês, franjas e bordados diversos.
Apesar do tema batido (o Japão), a Triton soube fugir do óbvio nessa coleção cheia de recortes e estampas diferentes. O trabalho do artista plástico Lucas Simões, autor das colagens com elementos de arquitetura presentes na maioria das estampas, foi uma das grandes apostas da coleção. Bonito, mas não muito usável. Eu destacaria as peças com estampas duplas: as de fora e as de "dentro" da roupa, em peças com dobraduras que revelam o "segredo" dos forros. Lindo e original!
**Imagens: FFW.com.br**

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